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Caravaggio-Crucifixion of Peter

"Crucificação de São Pedro" por Caravaggio

Crucificação ou crucifixão era um método romano de execução, primeiramente reservado a escravos. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo de era olhado com profundo horror. O castigo da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes. No azorrague os soldados fixavam os pregos, pedaços de ossos, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do açoite.O flagelo era cometido o réu estando preso a uma coluna.

No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Para abreviar a morte os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.

As palavras em grego e latim para "crucificação" se aplicam a diferentes formas agonizantes de execução, do empalamento em estacas, fixado em árvores, em postes, em patíbulos ou vigas transversas. Se em viga transfersa, esta seria carregada pelo condenado sobre seus ombros até o local da execução. Um cruz inteira pesava mais de 130 Kg. A viga transversa podia pesar entre 35 e 60 Kg.


A crucificação de Jesus de Nazaré[]

O método da crucificação adquiriu grande importância para o Cristianismo, já que de acordo com esta tradição Jesus de Nazaré havia sido entregue pelos judeus aos romanos para crucificação.

No caso de Jesus parece ter sido este castigo de modo brando, antes da sentença final, com o objetivo de provocar a compaixão e conseguir a insenção do novo atormentamento (Lc. 3.22; Jo 19.1). Neste ato foi colocado um pedaço de madeira por sobre a cabeça do réu (Mt 27.37; Mc 15.26; Lc 23.38; Jo 19.19), com uma inscrição de poucas palavras que exprimiam o crime: INRI, ou Iesus Nazarenus Rex Ioderum, ou Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus. Jesus carregou a cruz até o lugar da execução e este trajeto público e penoso é chamado de Via Crucis.

Jesus Cristo foi pregado na cruz mas por vezes o condenado era apenas atado a esse instrumento de suplício, considerado o mais penoso, visto que o tempo de agonia do criminoso era extraordinariamente prolongado. Entre os judeus, algumas vezes o corpo de criminosos era pendurado numa árvore; mas não podia ficar ali durante a noite porque era "maldito de Deus" e contaminaria a terra.

Diversos outros cristãos também foram crucificados, entre eles Pedro que teria sido crucificado de cabeça para baixo.

De acordo com a tradição judaica, Jesus de Nazaré não teria sido crucificado pelos romanos, mas sim teria sido um religioso anterior chamado Jesus Ben Pantera declarado herege pelo Sinédrio, apedrejado e pendurado em uma árvore na véspera da Pessach de 88 a.C. e cuja história teria originado a tradição posterior aceita pelo Cristianismo. Já de acordo com o Islão, a crucificação de Jesus teria sido aparente, já que Deus não permitiria um sofrimento demasiado para um justo.

Histórico[]

  • A maior crucificação de que se tem notícia ocorreu em 71 a.C., ao tempo de Pompeu, em Roma. Dominada a revolta de 200.000 escravos sob o comando de Espártaco, as legiões romanas, furiosas, num só dia, crucificaram perto de 6.000 dos revoltosos vencidos.

Ver também[]

Links externos[]


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