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Design inteligente (ou projeto inteligente ou Intelligent Design), segundo seus próprios proponentes, é o nome dado à teoria que sustenta que certas propriedades do universo e dos seres vivos são melhor explicadas por meio de uma causa inteligente e não por leis físicas e processos naturais. Esta teoria não pretende determinar a identidade desta causa inteligente, nem afirma ser esta causa necessariamente um "ser divino", ou uma "força superior". Ela limita-se a propor que a ciência possa identificar se certas propriedades do mundo natural são produtos da inteligência.[1].

A teoria[]

A atual Teoria do Design Inteligente, ou Intelligent Design, Desenho Inteligente, ou ainda, Desígnio Inteligente, baseia-se no conceito da Complexidade Irredutível, para propor a idéia de uma intencionalidade objetiva por trás da concepção da vida. Esse conceito foi popularizado com a publicação do controverso livro A Caixa-Preta de Darwin, de Michael J. Behe, Ph.D. em bioquímica e professor de ciências biológicas na Lehigh University[2].

Os adeptos do conceito de Complexidade Irredutível argumentam que existem estruturas bioquímicas complexas que não podem ser explicadas pelos mecanismos evolutivos do Neodarwinismo. Essas estruturas complexas teriam que surgir já prontas, caso contrário, a existência de cada uma de suas partes autônomas não poderia ser justificada evolutivamente. Behe faz uma analogia com uma ratoeira, na qual todas as peças devem ser montadas juntas para que a finalidade a que se destina seja alcançada. Behe argumenta que é impossível a evolução de uma simples mola até chegar em uma ratoeira sem que haja uma mente prevendo uma finalidade específica para a mesma.

Os críticos dessa idéia, por seu lado, afirmam que a existência de estruturas "irredutivelmente complexas" em sistemas biológicos jamais foi demonstrada. Para eles, possíveis candidatos, como o sistema imunológico, já têm sua história evolutiva bem conhecida e pesquisada[3] [4]. O mesmo ocorre com o ciclo de Krebs [5] [6] [7] que além disso apresenta vários intermediários evolutivos ainda existentes em vários grupos de bactérias [8]. Outras estruturas como o flagelo bacteriano também já teriam sua história evolutiva e suas homologias com outras estruturas devidamente compreendidas [9] [10]. Além disso, pesquisas com receptores de mineralocorticóides demonstram como um sistema irredutivelmente complexo pode surgir a partir de componentes mais simples já presentes do sistema [11].

Adeptos[]

Além de Michael Behe, outros nomes têm se apresentado com defensores do Design Inteligente, assumindo uma postura de questionamento e crítica ostensiva ao neodarwinismo. Dentre eles Philip E. Johnson, Stephen C. Meyer, William Dembsky, Michael Denton, Werner Gitt e Jonathan Wells.

Michael Behe, em seu livro recente "The Edge of Evolution: The Search for the Limits of Darwinism" deixa em segundo plano os argumentos da complexidade irredutível e enfatiza sua convicção sobre a ancestralidade comum dos seres vivos, a qual, vale dizer, ele jamais abandonou completamente[12]. No entanto mantém ainda a idéia de que haveria um projetista por trás das mutações que originariam a variedade genética, matéria-prima do processo evolutivo.

O Discovery Institute, instituição que divulga informações sobre o Design Inteligente, publica uma lista[13] de cientistas que concordam com a seguinte declaração:

Desse modo tenta demonstrar que um crescente número de cientistas tem adquirido coragem para questionar seriamente a Teoria da Evolução nos últimos anos, a lista contava com mais de 700 assinaturas em fevereiro de 2007.

Oponentes do design inteligente fazem notar que menos da metade da lista é de biólogos evolucionários — o tipo de cientista que estaria familiarizado com as questões subjacentes e apto a se pronunciar com autoridade sobre o assunto. A declaração em si, apesar do que pode parecer ao público leigo, não constitui uma forte oposição à evolução e poderia ser assinada por grande parte dos biólogos evolucionários: Em geral eles concordam que a mutação e a seleção natural não respondem sozinhos pela complexidade da vida, havendo contribuição de outros mecanismos naturais; e a menção ao exame cuidadoso da evidência é apenas uma descrição da atitude profissional que os cientistas devem ter.

Note-se que outros filósofos e teóricos da evolução argumentam que o termo projetista deveria continuar reservado para casos envolvendo um projetista consciente. Isso implica em que os seguidores da visão padrão, biológica, material da origem das espécies não deveriam usar projeto em discussões sobre organismos ou partes de organismos; desde que estes não têm um projetista, eles não foram projetados no sentido próprio da palavra.

Polêmica[]

Tradicionalmente a comunidade científica internacional ignora esta teoria, considerando-a um caso de pseudociência e Criacionismo. Oponentes do design inteligente também o identificam como parte da estratégia da cunha.

É importante observar que os defensores do Design Inteligente não se consideram criacionistas, reputando esse termo como inapropriado para identificar a Teoria, uma vez que esta baseia-se em observação científica e não em conceitos ou escritos religiosos[1] [14].

Também consideram equivocada a afirmação de que o Design Inteligente rejeita a idéia de evolução ou que defenda a eliminação do Darwinismo integralmente. Ao contrário, afirmam que o grande confronto com o neodarwinismo reside na idéia da seleção natural aleatória como mecanismo da evolução, o que para eles, seria inadequado para explicar determinadas características dos mecanismos biológicos[15].

Os defensores do Design Inteligente, por sua vez, alegam ser vítimas de preconceito e boicote da parte de seus oponentes. Em um episódio que alcançou alguma repercussão há poucos anos[16], o Dr. Richard Sternberg, alega ter sido pressionado de muitas formas até ser obrigado a renunciar a seu cargo como editor no Proceedings of the Biological Society of Washington, um periódico do Smithsonian Institution, após autorizar a publicação do artigo "A Origem da Informação Biológica e da Categorias Taxonômicas Superiores" (The Origin of Biological Information and the Higher Taxonomic Categories) [17], de Stephen C. Meyer. Sternberg afirma que todos os protocolos para uma publicação deste tipo foram rigorosamente seguidos e sua demissão deveu-se a uma perseguição ideológica. Ele declara:

"Em suma, está claro que fui alvo de retaliação e molestamento explicitamente porque falhei em seguir uma regra não escrita no meu papel como editor de um periódico científico: eu supostamente deveria ser o guardião, expulsando explicações impopulares, controversas ou conceitualmente desafiadoras para fenômenos naturais intrigantes. Em lugar disso, eu permiti que um artigo científico criticando o Neo-Darwinismo fosse publicado, e isso foi considerado uma heresia imperdoável."[18]

Notas[]



Ligações Externas[]

Mais informações[]

Predefinição:Pt

  • A Caixa-Preta de Darwin: O Desafio da Bioquímica à Teoria da Evolução por Michael J. Behe.
  • A Ideia Perigosa de Darwin (1995) por Daniel C. Dennett.

Predefinição:En

  • The Politically Incorrect Guide to Darwinism and Intelligent Design por Johathan Wells.
  • Darwin's Black Box: The Biochemical Challenge to Evolution por Michael J. Behe.
  • Evolution: A Theory In Crisis por Michael Denton.
  • Nature's Destiny: How the Laws of Biology Reveal Purpose in the Universe por Michael Denton.

Ver também[]

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