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Dionísio de Alexandria, chamado o Grande, foi o patriarca de Alexandria, entre os anos de 248 e 265. Há muitas informações sobre Dionísio em virtude da extensa correspondência expedida por ele em vida. No entanto, estas informações são mais detalhadas a partir da eleição ao episcopado.

Falecido em 265, Dionísio é considerado santo pelas Igrejas Católica Romana e Ortodoxa, sendo sua festa comemorada em 17 de novembro.

Controvérsias[]

O nome de Dionísio de Alexandria encontra-se envolvido em inúmeras controvérsias no século III, especialmente por conta das perseguições aos cristãos que recrudeceram a partir de 249.

Fugas constantes[]

Nos dois primeiros anos do episcopado de Dionísio, uma sucessão de eventos negativos teve lugar em Alexandria: a perseguição contra os cristãos, uma guerra civil e uma grande epidemia. Em todo esse período, Dionísio permaneceu escondido em sua cidade.

Mais tarde, quando Décio se tornou o imperador, um edito foi publicado, ordenando a todos os cidadãos - incluindo, obviamente, os cristãos - que prestassem culto aos deuses imperiais. Em virtude disto, Dionísio fugiu, escondendo-se em Mareótis e, mais tarde, no deserto da Líbia. "Esta fuga lhe custará, como a Cipriano, um ataque por parte dos mártires, fato que explica a posição por ele assumida em controvérsias posteriores"[1].

A questão dos confessantes[]

Outras duas controvérsias relacionaram-se aos fiéis que deixaram de confessar a fé cristã por ocasião da perseguição.

Em 251, Cornélio foi eleito bispo de Roma. No entanto, ele foi acusado de ter comprado um certificado de sacrifícios aos deuses imperiais (o libellus) a fim de escapar da perseguição. O grupo que não concordava com isto elegeu um outro bispo, Novaciano, "que pregava a severidade contra aqueles que não haviam confessado a fé durante a perseguição"[2]. Nesta contenda, Dionísio manifestou-se claramente a favor de Cornélio, pois também ele era acusado de não sustentar claramente a confissão cristã durante a perseguição.

Quando Estevão sucedeu a Cornélio, deu-se uma outra crise. Como Novaciano havia batizado muitos fiéis durante seu episcopado rival ao de Cornélio, surgiu a questão: o que fazer com estes batizados, já que Novaciano não era considerado o bispo verdadeiro? Estevão de Roma readmitiu tais fiéis na Igreja, apenas impondo-lhes as mãos como sinal de autoridade. Cipriano de Cartago, no entanto, não concordava com esta prática, pois considerava nulo o batismo de Novaciano. Por isso, tais fiéis deveriam ser rebatizados. "Informado por Cipriano, Dionísio tomou o partido deste, em muitas cartas por ele enviadas a Roma, sob Estevão e seu sucessor Sisto II"[3]

Controvérsia sobre a doutrina da Trindade[]

Neste mesmo período, na Pentápole líbia, surgiu uma controvérsia a respeito da doutrina da Santíssima Trindade. O bispo de Ptolemaida foi acusado de sabelianismo pelos seus colegas. Tantos os favoráveis quanto os contrários apelaram à autoridade de Dionísio, que se manifestou contrário ao bispo. Este mesmo bispo apelou ao bispo de Roma, também chamado Dionísio, que enviou uma carta à Igreja de Alexandria reprendendo seu homônimo. "Dionísio de Alexandria se desculpou com uma Confutação e apologia em quatro livros"[4]. Atanásio cita fragmentos destas obras em seu livro De sententia Dionysii[5].

Dionísio morreu pouco tempo depois, em cerca de 265.


Precedido por:
Héraclas
Patriarca de Alexandria
248265
Sucedido por:
Máximo


Notas[]

  1. Nautim, p. 413.
  2. Nautim, p. 413.
  3. Nautim, p. 413.
  4. Nautim, p. 413.
  5. Cf. Atanásio, Defense of Dionysius



Referências[]

  • ATANÁSIO. Defense of Dionysius. Em: Athanasius: Select Works and Letters. Ed. Philip Schaff. Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library, 2005.
  • NAUTIM, P. "Dionísio de Alexandria". Dicionário Patrístico e de Antigüidades Cristãs. Petrópolis: Vozes, 2002.


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